quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

VOU DE TAXI

ADEPTOS DESTE MEIO DE TRANSPORTE LEVANTAM A BANDEIRA DE SEUS BENEFÍCIOS.

O serviço de transportar pessoas numa grande cidade, mediante pagamento de taxas, é quase tão antigo quanto a civilização. O primeiro gênero apareceu com a invenção do riquexó(carro de duas rodas puxado por um só homem).

Mas foi em 1896 que surgiram os primeiros taxis motorizados, na cidade alemã de Estugarda. atualmente o transporte é praticamente obrigatório nas regiões metropolitanas. Seja em virtude da lei seca, segurança, trânsito ou preocupação ambiental, o movimento no setor cresce vertiginosamente. Adepta do transporte há cinco anos, quando decidiu parar de dirigir, a consultora de moda Alzira Andrade, de 52 anos, comemora o crescimento da qualidade de vida, além do que considera primordial: a preservação do meio ambiente.

De acordo com a Faculdade de Engenharia Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo, mais de 95% da poluição nos grandes centros urbanos são provenientes de veículos automotores.

“Carro para mim é conceito do século passado porque além de ser extremamente prejudicial ao meio ambiente é um estorvo na cidade. Desde que parei de dirigir sou uma pessoa muito menos estressada e ganho mais tempo, já que posso trabalhar dentro do taxi, falando ao telefone com meus clientes. Para mim, não ter carro é um estilo de vida. Hoje em dia, vivo com a consciência tranquila, sabendo que não estou contribuindo para imensa emissão de gazes poluentes, pois enquanto os taxis transportam  cerca de 20 a 30 passageiros por dia, os carros circulam, na maioria das vezes para atender a a penas uma pessoa. Se todos optassem pelo taxi, com certeza teríamos muito menos engarrafamentos e prejudicaríamos muito menos o meio ambiente”, defende Alzira.(….)

Para fugir dos engarrafamentos e por conta de assaltos que sofreu, a fotógrafa Christiane Barros, de 30 anos, optou pelo taxi.

“É muito mais seguro, principalmente à noite, quando preciso sair com meu equipamento para trabalhar. A cidade está ficando mais violente de uns tempo para cá. Por isso, apesar de gastar cerca de 20% a mais do meu orçamento com o taxi, prefiro utilizar este transporte a correr riscos. Além disso, o trânsito é muito estressante. Hoje em dia consigo aproveitar melhor o tempo que possuo, com mais tranqüilidade”, conta a fotógrafa.(…)

Para fugir de acidentes e multas, o advogado Maycon de Andrade dos Santos, de 36 anos, não faz mais a mistura" “noitada” e volante.

“Não sou de beber muito, mas como gosto de tomar uns drinques. Como sei que mesmo bebendo pouco posso ser multado, prefito ir de taxi. Nunca me envolvi em acidentes, mas opto pelo taxi como forma de prevenção. Além de tudo, o taxi é mais prático, foi uma descoberta para mim. Chego mais rápido porque não preciso ficar procurando estacionamento ou pagando '”flanelinha” e não gasto a mais por isso, já que geralmente divido a despesa da corrida com os amigos”, festeja Maycon.

REPORTAGEM: FABIANA TORRES

O FLU Revista – Dezembro/2009

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